11 de fevereiro de 2010

Economia Portuguesa

Défice português nas primeiras páginas dos jornais norte-americanos

Portugal ocupa cada vez mais espaço na imprensa internacional, mas não pelos melhores motivos. O estado das contas públicas portuguesas preocupa os mercados e os grandes jornais norte-americanos têm estado atentos. O Washington Post e o New York Times são dois dos grandes jornais que têm dedicado a Portugal mais espaço do que o habitual. O estado das contas públicas dos países do sul da Europa - nomeadamente Espanha, Portugal, Irlanda e Grécia - têm agitado os mercados mundiais e aumentado o receio de que a economia europeia não recupere como é esperado.

Uma repórter do New York Times veio mesmo até Lisboa, onde entrevistou José Sócrates e tentou perceber de que forma Portugal está a lutar contra o défice. "Sócrates, um homem que se veste elegantemente com uma face aberta e expressiva e que sublinha os seus pontos de vista com gestos teatrais, pareceu ao mesmo tempo profundamente preocupado com a gravidade dos problemas do seu país mas misteriosamente rejeitando as estatísticas da União Europeia," escreveu Rachel Donadio, num artigo intitulado "A Europa observa enquanto a economia de Portugal luta em dificuldades". A repórter do New York Times refere ainda que "Sócrates rejeitou a noção de que Portugal está atrasado em relação à produtividade e proficiência laboral dos seus parceiros na União Europeia". O Washington Post também já colocou Portugal nas manchetes, referindo que a oposição pode estar a afectar o trabalho do governo na recuperação económica do país. "Entidades oficiais portuguesas prometeram cortar os gastos. Contudo, legisladores da oposição fizeram aprovar uma controversa lei com dezenas de milhões de euros para as ilhas dos Açores e Madeira, algo que o ministro das Finanças do país descreveu abertamente como podendo ter 'consequências graves' para as contas públicas de Portugal", escreveu Anthony Faiola.

O repórter compara ainda as crises dos países europeus com as que se viveram na América Latina e na Ásia no ano passado. Mallaby refere também as reduções orçamentais obrigatórias da Europa e as prováveis consequências disso na economia mundial.

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